Um dos maiores encontros de negócios do mundo, Select LA Investment Summit terá espaço voltado para a aceleração de negócios com parceiros brasileiros
- ECONOMIA
- Felipe Machado, especial para o R7
- 28/03/2017 – 11H30 (ATUALIZADO EM 28/03/2017 – 11H34)
Participar de um evento repleto de empresas globais é sempre uma grande oportunidade para fechar bons negócios, além de aprimorar o network e conhecer as últimas tendências em áreas específicas. Por outro lado, fóruns com a participação de milhares de executivos de vários países podem se tornar tão amplos que o foco em resultados tende a se diluir, gerando uma decepção pela expectativa não realizada.
Foi pensando nisso que a consultoria Neolink criou o projeto ‘Select LA by Neolink’, uma missão de negócios que pretende acelerar resultados e atender as expectativas de empresas brasileiras interessadas no mercado internacional durante a terceira edição do Fórum Select LA Investment Summit, de 14 a 16 de junho de 2017. Organizado pelo WTCLA (World Trade Center Los Angeles), o encontro contará com a participação de mais de 300 investidores e empresas, entre americanas e estrangeiras, e já é considerado um dos maiores eventos de estímulo a novos negócios e investimentos do país.
Se fosse um país, a Califórnia seria a sexta maior economia mundial. O PIB do estado, o mais populoso dos Estados Unidos, chegou a US$ 2,5 trilhões em 2015. A região abriga não só a capital do entretenimento no mundo, Hollywood, mas também, as dez maiores empresas globais, entre elas Apple, Google e Facebook. Mas apesar de o evento acontecer na cidade de Los Angeles, por si só uma das cidades mais ‘business oriented’ do planeta, o foco é ampliado pelo acesso a empresas chinesas e asiáticas, já que o HUB aéreo torna Los Angeles a cidade norte-americana mais próxima da Ásia.
“Ao contrário do que muitos pensam, a Califórnia não é exclusivamente um centro de negócios para o mercado americano”, afirma Manoel Baião, fundador da Neolink, especializada no desenvolvimento de negócios internacionais. “É também a porta de entrada para o mercado asiático, já que a maioria das grandes corporações tem uma sede na região”.
Desembarcar em um evento desse porte, em um país de cultura diferente e de grande concorrência, não é tarefa fácil para grandes companhias brasileiras, que dirá para as pequenas e médias empresas. É justamente com a proposta de facilitar a abertura de caminhos para fornecedores de produtos e serviços nacionais que a Neolink decidiu organizar um grupo especial de companhias brasileiras, dos mais diferentes portes e áreas. Os integrantes desta missão contarão com uma iniciativa inovadora da Neolink, que fará uma prospecção prévia das principais oportunidades de negócios para o perfil de cada empresa; terão um contato antecipado com os empresários americanos para os quais querem oferecer produtos ou serviços ou, ainda, desejam representar no Brasil, além de uma visita guiada por consultores.
Em 2016 o Fórum contou com a participação de mais de 300 investidores e tomadores de decisão, entre eles, executivos da JPMorgan, Chase &CO, Brookfield, BYD Virgin e representantes de órgãos governamentais, que aproveitaram o encontro para fazer network e selar acordos com empresas locais e estrangeiras.
“Nosso grande desafio ao participar de um evento desse porte é abrir os canais certos para chegar aos executivos que realmente respondem pelas empresas, otimizando tempo e abrindo portas”, diz a empresária Denise Damiani. “A Neolink encurta esse caminho. Antes mesmo de chegar ao evento, já sabemos com quem realmente precisamos falar e onde estão as reais oportunidades de negócio. Isto é realmente uma iniciativa inovadora de muito valor, faz muita diferença”. À frente de uma fintech, como são chamadas as startups especializadas na área de investimentos, ela segue para o Select LA Investment 2017 em busca de parceiros americanos dispostos a prestar serviços no Brasil.
Para Stephen Cheung, presidente do Word Trade Center Los Angeles, responsável pelo evento, a Neolink terá um papel importante no fomento de novos negócios entre empresas brasileiras e americanas. “Trata-se de um parceiro importante, de grande credibilidade e do qual nos orgulhamos”, afirma o executivo. “Seus dirigentes são grandes conhecedores do mercado e das oportunidades que possam ser criadas para ambos os lados, pois, por mais de duas décadas têm estimulado as transações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, envolvendo, inclusive, companhias listadas entre as 500 da Fortune”.
Para Cheung, as empresas brasileiras costumam olhar muito para costa leste dos Estados Unidos, cidades como Nova York e Miami, e ainda não se atentaram tanto para o potencial de negócios da costa oeste, mais especificamente, a Califórnia. “É comum associar Los Angeles a uma cidade turística e voltada para o mercado de entretenimento, graças a Hollywood, mas muita gente não sabe que Los Angeles abriga o maior complexo industrial dos Estados Unidos e concentra mais empregos na área de tecnologia que o Vale do Silicio, além de uma gigantesca indústria aeroespacial, entre outras.” As principais áreas com potencial para negócios com empresas brasileiras, na opinião de Cheung, são: entretenimento (conteúdo, videogames, realidade virtual), tecnologia, aeroespacial, biotecnologia, energia e construção civil.
O ‘conector’ de empresas: De Ponte Nova à Ponte do Brooklyn
Mineiro de Ponte Nova, 54 anos, formado em telecomunicação, Manoel Baião foi para os Estados Unidos no início da década de 1990, para trabalhar na área de tecnologia. O conhecimento acumulado na área foi essencial para ajudar empresas brasileiras a solucionar seus problemas quando a economia do país era fechada. Depois, trabalhou na mão inversa, auxiliando companhias americanas a entender melhor o mercado brasileiro. Entre 1991 e 2009, ajudou 40 empresas americanas e canadenses a desenvolver negócios no Brasil. Em 2002, foi contratado pela Apex/Softex Brasil para incentivar a participação de empresas nacionais de tecnologia no mercado externo.
“Chegamos a ter cerca de 100 empresas sob o guarda-chuva da Neolink, que abriram novos mercados para seus produtos e serviços”, afirma Baião. “O cenário econômico mudou, as demandas são outras e nos últimos anos a Neolink se transformou em uma empresa de desenvolvimento de negócios internacionais, tendo na tecnologia apenas 30% da operação.” Além do Brasil e dos Estados Unidos, atua, também, no mercado mexicano e canadense. Na lista de clientes figuram, entre outros, Apex/Softex, Accenture, Comsat, Citibank, Intel, Sanmina, Grupo Algar, Poit Energia e K.G Sorensen.
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